quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Estrada


É que assim... as melodias correm tristes. Os quilômetros do quanto te queria aqui me afetam as batidas do peito. Eu, andarilho, levantando vôo pra conhecer outros céus. Você com sua vida passaredo fazendo suas coisas, levantando seus tijolos, dizendo que pensa em mim. Eu reagindo, dizendo que também, que to bem, mas no fundo sabendo que ainda existe um mundo a se descobrir (com ou sem você?).

(...)

Eu quero a vida borbulhando. Se tivesse você ao lado, a vida seria perfeita! Mas nas atuais circunstâncias o que me restam são suas lembranças, o amor que cultivo, regado pelo desejo imenso de te ter de novo. Te quero mais do que almejei o mar. Mas hoje me peguei triste, reticente. Poetizando minhas entrelinhas, disperso entre as estrelas. Meu coração cinzento, o pensamento distante e nossa canção tocando de longe. Eu te querendo, sem saber ao certo se é tempo de te querer.

Te vejo longe, me és recordação, mas me é também realidade. És em mim. Bem sei o quanto te quero. O quanto quero te falar sobre meu amor. Te recitar um poema inteiro com os olhos, pra que me conheças as janelas. Pra que me desvendes até onde nem eu sei. Pra me entregar ao seu abraço e simplesmente me esquecer de mim mesmo.

Mas o que vejo, amor meu, é somente estrada. E te queria ao meu lado, sua mão colada à minha, pra juntos desenharmos pegadas na areia. E enfim mergulhar. E enfim ir...

Tão doce é meu amor por você. Por isso fecho os olhos, e respiro. Espero. Mentalizo: que essa saudade que me colore o peito agora seja a poesia de uma finitude da distância. Porque o resto somos nós e a imensidão. Nosso amor e nós dois... Nós dois e o mar...

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