Deixa o coração respirar. Deixa o detalhe
vir. Que o olhar abra as portas. Deixa que a palavra aflore e a canção venha
perfumando. É que a veia acompanha o tempo, e neste corpo embriagado circula
amor.
Regado a desejo, eu sou. Pra inundar o que
estiver seco, exalar o que brota dentro. Feito uma flor de lótus. Em mil
pétalas desabrocha e desanda a costurar suspiros, trazendo o vento e iluminando
meus vazios...
E assim as coisas se ajeitam, caminhando
em direção a você, destino para onde meus pensamentos vão. Me faz sair de onde
estou na velocidade de um fechar de olhos... Vou com o vento, buscando suas
memórias, desejando estar mais perto, tecendo hologramas do seu abraço.
É que eu te quero, amor. Sem a bênção dos
seus abraços, meu peito aberto perde o sentido. Não tem por que valsar o verso.
Não há razão pra dançar você... É que eu insisto, me entrego e me dou. Então
vem logo e me abraça. Chega logo e se ajeita. Nosso ninho a gente faz em
qualquer lugar... Porque o "abismo" entre nós é somente amor...
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